Provavelmente não haja uma palavra mais explorada e debatida em meio a sociedade mundial do que a palavra “RELIGIÃO”. A razão do poder dialético e da popularidade desta palavra está no fato de religião, do ponto de vista humano, estar profundamente ligada às convicções pessoais de cada indivíduo. Veja, por exemplo, a multiplicidade religiosa que este século nos apresenta. Quanto mais o tempo passsa a raça humana se torna ainda mais heterogênia e discordante, porque a tendência que temos testemunhado é a proliferação exacerbada do individualismo como um sinal de que estamos, enquanto humanidade, numa estrada onde nos recusamos a enfrentar a decepcionante realidade de que não estamos preparados para sermos uma sociedade legítima que concorde em princípios vitais que nos diferenciam dos animais irracionais. O nosso conceito de religião é uma farsa! Tudo que queremos, como raça humana, é encontrar alguns dogmas convergentes, concatená-los e fazê-los testificar que estamos certos e que não precisamos mudar em absolutamente nada.
O grande impasse que encontramos é que o Deus, para quem a maioria dos povos dirigem os seus esforços religiosos, tem uma visão da religião consideravelmente diferente do que se vê vaticinado no conceito popular e até mesmo do que é sacramentado pela sistematização da teologia universal. Deus quer nos falar a respeito! Eu entendo que configura-se um grande desrespeito ignorar a Pessoa à Quem se está devotando uma determinada honra. Será que já paramos para perguntar a Deus se estamos praticando religião de uma maneira satisfatória à Ele? Quando a convicção religiosa não é uma expressão puramente individualista, entramos no campo da herança familiar; como se religião fosse algum tipo de herança genética. Ou seja, poucos desenvolvem um relacionamento pessoal com o Ser que é o maior interessado na boa saúde da religião universal: DEUS. Você não acha que já é tempo de, pelo menos, tentarmos perscrutar os arcanos divinos para ver se estamos acertando o alvo? O que seria afinal religião para o Ser à Quem ela é devotada?
Religião é uma palavra que vem do Latin e significa literalmente ligar alguma coisa a uma outra coisa ou, um ser a um outro ser. Para Deus, religião não está necessariamente revestida de complexidade, não obstante à sua profundidade. Quando Deus pensa em religião, tudo o que Ele quer e espera é que o homem esteja de fato ligado a Ele. É a relação direta do pequeno com o Empíreo, do pobre com o Rico, do perdido com o Caminho, do desesperado com a Esperança, da necessidade com a Provisão, do homem vazio com o Deus pleno. Para Deus, religião é facilmente resumida num único texto bíblico: “Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo. 3:16. Se você tem uma herança religiosa familiar ou uma profunda convicção religiosa individual mas não vive uma relação diária com Deus, sua religiosidade não está de fato preocupada em destacar a relevância divina nas sim justificar a sua frustração secreta e a sua inabilidade diante dos teus algozes interiores que constantemente estão te forçando a encarar o fato de que você não está pronto para responder por sí mesmo.
Para Deus religião só fará sentido se nós O encontrarmos de fato e priorizarmos a Sua vontade soberana e maravilhosa porque Deus quer se relacionar conosco intimamente.
Que Deus te abençoe.
Que Deus te abençoe.
Ap. Jefferson Netto
